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quarta-feira, 9 de abril de 2014

'Se renunciar, volto para casa e vou me defender como?', desabafa André Vargas


G1.GLOBO.COM
Numa longa conversa no início desta manhã em tom de desabafo com um interlocutor, o deputado licenciado André Vargas explicou suas razões de não renunciar ao mandato e enfrentar o Conselho de Ética da Câmara. Ainda há expectativa no PT de que ele possa renunciar até 14h desta quarta, antes que comecem os trabalhos do Conselho. 
"Minha preocupação não é perder o mandato. Vou continuar fazendo política se conseguir superar o Conselho de Ética. Essa para mim é uma questão de honra", afirmou o deputado.
Sobre a ligação com o doleiro Alberto Youssef, ele reconhece de forma reservada alguns erros, mas nega qualquer irregularidade. 
"Fui muito imprudente na relação com o cara", disse Vargas ao citar o caso do jatinho em que viajou a João Pessoa, emprestado por Youssef, e o caso Labogen.
"Posso ter tido um deslize ético, mas qual crime cometi?", questionou André Vargas para esse interlocutor, lembrando que o negócio do Labogen não foi concretizado.
Ele também voltou a criticar o que chamou de vazamentos seletivos. "Os vazamentos são crimes. Quebraram o sigilo de um deputado", criticou Vargas.
O deputado reafirma em alguns momentos que precisa de tempo para se defender e reconhece que pressão do PT pela renúncia é por causa do período eleitoral.
"Existe uma preocupação com a eleição da Dilma, com a eleição da Gleisi Hoffmann e do Alexandre Padilha. Agora, é preciso de tempo, porque só o tempo vai dimensionar todos os fatos. E o tempo da política é diferente do tempo da Justiça. Eu quero continuar na política", reafirmou vargas.
Em alguns momentos dessa conversa, André Vargas diz que até seria mais fácil renunciar ao mandato e voltar para a família, no Paraná, mas ressalta que perderia o espaço para fazer sua defesa.
"Tenho sete anos de Congresso. Se volto agora para casa, vou me defender como? O espaço que tenho para fazer minha defesa é no Conselho de Ética e na Corregedoria."

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