Frasco com veneno foi encontrado na bolsa do adolescente por colegas.
Professora do Paraná registrou boletim de ocorrência na quinta-feira (15).
Uma professora de Londrina, na região norte do Paraná, registrou um boletim de ocorrêcia contra um aluno de 16 anos por tentativa de envenenamento na tarde de quinta-feira (15). Em entrevista ao G1, a professora, que não quis se identificar, disse que colegas de turma do adolescente descobriram o pacote com veneno na mochila dele, depois que o menino falou para um grupo de amigos que estava planejando envenenar a professora. O caso foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente deLondrina.
O Colégio Estadual Benedita Rezende confirmou a denúncia de que alunos encontraram o veneno. Segundo a direção da instituição, a escola ouviu o aluno na presença da mãe e da patrulha escolar para entender o que aconteceu. “Nós ouvimos o aluno e ele disse que o veneno não era dele. A mãe disse durante essa reunião que não acredita que o filho tenha levado o produto para a sala de aula”, esclarece Vera Madron, que é secretária da direção do colégio e foi autorizada a falar sobre o assunto. A instituição de ensino ainda acredita que o caso não passou de uma brincadeira. No entanto, confirmou que o aluno apresenta problemas de comportamento há algum tempo.
A professora, que tem mais de 13 anos de profissão e trabalha há dois anos no Colégio Estadual Benedita Rezende, afirma que o aluno sempre apresentou problemas de comportamento. Entretanto, a escola procurava outros caminhos para discipliná-lo, como conversar diretamente com o aluno, chamar os pais para reunião e encaminhava o menino para o Centro Regional de Assistência Social (Cras) para receber orientações. “Foi oferecida muita ajuda para esse adolescente, eu mesmo podia ter feito quatro boletins de ocorrência contra ele, mas não o fiz porque acreditei que o problema poderia ser resolvido apenas com orientação”, desabafou.
saiba mais
A professora acredita que foi alvo de ameaça porque era uma das únicas pessoas do colégio que tentava discipliná-lo. “Ele não reconhece autoridade, entra e sai da sala de aula a hora que quer, tem atitudes que não são normais e eu não aceitava esse comportamento”, argumenta.
O caso foi encaminhado para o Núcleo Regional de Educação para investigar a denúncia. “Não expulsamos o aluno da escola porque se fizermos isso não vamos acabar com o problema, mas sim transferi-lo para outro lugar. No entanto, vamos investigar o que aconteceu”, afirma a chefe do núcleo regional de educação, Lucia Cortez
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário