Sem avançar nas discussões sobre a reforma ministerial, a presidente
Dilma Rousseff prometeu nesta segunda-feira (10) apoiar candidatos do PMDB em
seis estados onde o PT também pretende lançar nomes na disputa, numa tentativa
de conter a crise com seu principal aliado. Como um dos motivos do racha entre
os dois partidos são as alianças regionais, Dilma espera que o gesto reduza o
clima de tensão que marca a relação entre PT e PMDB nos últimos dias. O PT
faria concessões em estados como Maranhão, Paraíba, Rondônia, Tocantins,
atendendo a demanda de líderes do partido, entre eles os senadores José Sarney
(AP) e Vital do Rego (PB). Na próxima quinta-feira (13), o presidente do PT,
Rui Falcão, terá uma reunião com a cúpula do PMDB para discutir as alianças regionais.
O encontro foi intermediado pelo ministro Aloizio Mercadante(Casa Civil),
escalado por Dilma para tentar debelar a crise peemedebista. A expectativa do
presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), é que as duas siglas estejam coligadas
em cerca de 12 estados. Nos demais, onde não houver chance de chapa única, os
dois partidos vão estabelecer procedimentos que viabilizem as duas
candidaturas. “Nós vamos possivelmente até quinta-feira marcar mais uma reunião
com a cúpula do PMDB e do PT para discutir as alianças regionais, que estão
causando nesse momento o maior estresse, o maior problema”, disse Raupp a
jornalistas. “Há uma possibilidade de o Partido dos Trabalhadores abrir para
discussão mais uns cinco, seis Estados, que ainda não estavam sendo discutidos,
para alianças com o PMDB”, afirmou, sem dizer quais seriam esses Estados. As
rusgas entre PT e PMDB são antigas, mas têm ficado mais evidentes nos últimos
dias. A condução política da reforma ministerial que Dilma tem promovido para
acomodar sua base, as alianças regionais e a relação do governo com o Congresso
têm sido alvos de reclamações do PMDB, partido do vice-presidente da República,
Michel Temer. LEIA
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