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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Adolescente com transtorno alimentar dá sinais; conheça-os

Evitar fazer as refeições em família pode ser indício de  transtorno alimentar

Louise Vernier e Rita Trevisan
Do UOL, em São Paulo

  • Evitar fazer as refeições em família pode ser indício de transtorno alimentar
Irritabilidade, isolamento, tristeza e queda no rendimento escolar são comuns em adolescentes em determinados momentos do desenvolvimento. Mas, se esses sintomas vêm acompanhados da recusa alimentar progressiva ou dos excessos à mesa, é bom ficar atento. Esses são os sinais mais comuns de transtorno alimentar, um problema que vem crescendo em todo o mundo.
Em geral, esses males levam o jovem a assumir uma mudança repentina de comportamento em relação à comida, seja por meio da rejeição ou da compulsão. Outro indício claro de transtorno alimentar é a insatisfação com o próprio corpo. "Durante a adolescência, os transtornos alimentares mais frequentes são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e a compulsão alimentar", afirma o psiquiatra Adriano Segal, diretor de psiquiatria e transtornos alimentares da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).

De acordo com o psiquiatra da Abeso, os transtornos alimentares são mais comuns entre as meninas, mas podem atingir meninos também.
Cada um dos problemas possui sintomas específicos. No caso da anorexia nervosa, é comum que o adolescente apresente baixo peso para sua altura e idade, medo exagerado de engordar e distorção da imagem corporal. Assim, uma garota que sofre desse transtorno verá sua imagem diferente no espelho e, mesmo sendo magra, poderá se enxergar com medidas mais avantajadas.
O bulímico, pelo contrário, não costuma ter oscilações de peso, o que dificulta o diagnóstico da doença pela família. "Ele normalmente come de forma compulsiva, em grandes quantidades. Porém, logo após a refeição, para compensar o abuso, induz o vômito, toma laxantes, diuréticos ou se submete a dietas extremamente restritivas e à prática de atividade física compulsiva", diz o psiquiatra Glauber Higa Kaio, do Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

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