De acordo com a Associação Brasileira de Halitose, 30% dos brasileiros têm mau hálito. O número é surpreendente se pensarmos que esta porcentagem equivale a cerca de 50 milhões de pessoas. Porém, a questão se torna ainda mais preocupante quando alguém próximo, ou mesmo um parceiro de relacionamento, se encaixa nessas estatísticas. Conviver com alguém que tem mau hálito pode atrapalhar e muito uma relação e até levar a uma perda de intimidade progressiva do casal. "O cheiro desagradável faz com que a outra parte comece a se esquivar cada vez mais do parceiro, mesmo sem se dar conta. Com o tempo, isso pode levar ao distanciamento dos dois", explica a psicóloga Rosalva Ferreira Santos, especializada em psicologia médica pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Reduzir a quantidade de beijos no dia a dia, fugir de conversas muito próximas e até de outras carícias são comportamentos que indicam que o mau hálito de um dos cônjuges já está fazendo estragos na relação. Caso persista, é a vida sexual do casal que será diretamente afetada. "O mau hálito é capaz de diminuir a libido e, se não for tratado a tempo, chega a inviabilizar a aproximação íntima", afirma o psicanalista Oswaldo Rodrigues Junior, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Para não deixar que este problema ameace o relacionamento, é preciso enfrentá-lo. E o primeiro passo é deixar o parceiro ciente do que está acontecendo. "É impossível identificar o próprio mau hálito, porque o olfato é suscetível a adaptações. Assim, um odor que inicialmente parece muito intenso, após alguns minutos se torna imperceptível. Daí a importância de avisar quando identificamos que alguém que amamos tem halitose", diz Thaís Thomé Feldens, professora da Faculdade de Odontologia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
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