Anos depois de uma vasectomia ou de uma laqueadura, o casal se pergunta: é possível reverter a cirurgia contraceptiva? Segundo os médicos, a resposta é sim, mas, antes de partir para uma nova intervenção, é preciso saber qual técnica foi utilizada na primeira operação e quais são os níveis de fertilidade do casal.
A laqueadura é o método em que as tubas (ou trompas) uterinas são amarradas, cortadas ou queimadas para impedir o encontro dos espermatozoides com o óvulo. Segundo a Lei do Planejamento Familiar, o procedimento só pode ser feito em mulheres que tenham mais de 25 anos e/ou dois filhos. A cirurgia deve ser realizada após 60 dias da manifestação do desejo do casal, tempo que deve ser usado para se refletir sobre a decisão.
Já a vasectomia é uma intervenção mais simples, em que os canais deferentes (que conduzem os espermatozoides a partir do epidídimo, local onde eles ficam armazenados após serem produzidos nos testículos) no homem são cortados para interromper a passagem das células reprodutivas masculinas. Também só pode ser realizada em indivíduos acima de 25 e/ou com dois filhos. Nos dois procedimentos, o paciente fica impossibilitado de ter filhos.
"Cerca de 60% das pacientes procuram a reversão da laqueadura, pois mudaram de parceiro e esses não têm filhos. O restante é composto por mulheres que perderam seus filhos ou melhoraram de condição financeira", afirma a médica Fabiana Ruas, coordenadora da ginecologia do Hospital Santo Antônio da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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